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Documentário sobre a obra memorial A Porta do Regresso à Ilha de Goreia (Senegal)

Em 2012, aquando de uma residência artística na ilha da Goreia, a artista plástica Migline Paroumanou criou uma instalação comemorativa intitulada La Porte du Retour (A Porta do Regresso).

Essa porta branca virada para o oceano representava uma resposta simbólica à Porte du Voyage sans Retour (Porta da Viagem sem Regresso), materializando a possibilidade de regresso e de recuperação da dignidade das mulheres, homens e crianças arrancados às suas terras.

A artista desejava que a obra se tornasse o símbolo do regresso das almas há muito tempo exiladas: uma réstia de esperança, um espaço de reconciliação interior e de cura para as pessoas afrodescendentes. Um lugar onde o passado volta para apaziguar as memórias e permitir a reconstrução.

Concebida com parcos meios e materiais efémeros, a obra permaneceu no seu lugar muito mais tempo do que estava previsto. Hoje, é necessário reconstruí-la devido às marcas do tempo e das intempéries.

Ao longo dos seus encontros na ilha, a artista plástica mediu a amplitude do apego dos seus habitantes à Porta do Regresso. O seu impacto simbólico, bem como o lugar que a obra ocupa no seu quotidiano, contribuíram para reforçar a vontade de reconstruir da artista a fim de oferecer uma presença duradoura e definitiva à paisagem da Goreia.

É a este percurso simbólico que vos convida o documentário de Alexandre Boutié, apresentado por ocasião da 8ª edição do Gran 20 Déssanm.

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