Estela Géréon e Jasmin

Localização: Saint-Denis – Barachois
Data: 2013
Artista: Henri Maillot
Escultura
Bronze

Em 1811, os escravos de Saint-Leu revoltaram-se contra o sistema de escravatura para exigir a sua liberdade. 145 foram presos e detidos na prisão de Saint-Denis de entre os quais 25 foram condenados à morte. GEREON e JASMIN faziam parte dos rebeldes condenados e foram decapitados em Barachois a 10 de abril de 1812.

A cidade encomendou este trabalho para honrar a memória dos escravos que lutaram pela sua liberdade, e para recordar a sua importância na história da Ilha da Reunião.

Esta estátua de bronze do escultor da cidade do Port, Henri Maillot, representa um único escravo:

Ergue-se de pernas firmes, sólido e orgulhoso. Carrega, como um troféu, a sua própria cabeça que acabou de ser cortada. Num gesto emblemático ele mostra que, apesar do suplício, a sua luta não foi em vão e quer ser recordado por ela.
É claro que a representação é horrível, mas será pior do que os crucifixos semeados no nosso percurso? A história, a nossa história, precisa de pontos de referência. Desejei realizar um «monumento definitivo» porque, de facto, perante isto algo haverá a acrescentar? A base em forma de cone evoca a ilha submersa, os «cimos», terra de liberdade e refúgio para os escravos marrons (fugitivos). Ao pé da vítima encontram-se rosas de bronze. Dois «adormecidos» (camaleões) movem-se sobre as flores. Sublinham o nosso elo indestrutível com a natureza e simbolizam a inocência.

 

Na Grécia antiga, o símbolo (sumbolon) era, no seu sentido original, um caco de cerâmica partido em duas peças e partilhado entre duas partes contratantes, de modo que a sua união através de uma junção perfeita constituía uma prova da sua origem comum e, portanto, um sinal de reconhecimento. Aqui Géréon transporta e volta a colar a sua própria cabeça, um sinal de que ele é «um». A execução da obra é deliberadamente bruta, como um esboço. Permite-nos imaginar. O material, tal como a lava, está em movimento.

 

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